10/10/2008 - FOLHA DE SÃO PAULO (SP)
Os universitários que se formam em cursos de preparação de professores são os que menos evoluem durante o ensino superior, aponta um estudo do pesquisador José Carlos Rothen, da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).
A pesquisa analisou a variação das médias dos calouros e dos formandos em 28 cursos superiores, com base no Enade (antigo Provão), para indicar quanto os alunos "melhoram" durante o ensino superior.
Na área de formação de professores, a nota subiu apenas 8%, a menor variação da lista. Nesse grupo estão considerados os cursos que formam docentes especificamente para a Educação infantil e as primeiras quatro séries do fundamental (normal superior).Foram considerados os resultados nos exames de formação geral e específica. O maior crescimento de notas ocorreu em arquitetura e urbanismo (35%), seguido de computação (31%) e engenharia (27%).
Em pedagogia, que também forma professores para as séries iniciais da Educação básica, o crescimento foi de 15% -abaixo da média do universo analisado, que ficou em 18%. Uma das principais diferenças entre pedagogia e normal superior é que o primeiro forma os educadores também para atuarem em cargos de direção e supervisão Escolar. "Uma hipótese para explicar os dados é que há problemas de organização nos cursos de formação de professores", disse Rothen.